sexta-feira, 2 de abril de 2021

A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.

PRETA
É a mistura de todas as cores. É a ratificação do espírito do guerreiro que nunca desistiu e que soube transpor os desafios com sabedoria, humildade, disciplina, resiliência e amor à arte. O faixa preta pode agora repassar o seu conhecimento e começar a construir o seu legado, pois tem agora a permissão para ser professor. Conquista-se esta graduação a partir dos 19 anos, após um ano na faixa marrom.


 

domingo, 21 de março de 2021

 



A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.


Marrom:

Mistura do vermelho com o preto que significa sólido como a terra, forte como uma rocha. Bases firmes com conhecimentos enraizados que jamais serão perdidos. Conquista-se esta graduação a partir dos 18 anos, após um ano e meio a dois anos de faixa roxa.


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quinta-feira, 18 de março de 2021

A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.

Roxa
É a mistura do vermelho com o azul, uma transição brusca para um aluno com aprendizados quase sólidos. O graduado da roxa já pode ser considerado um faixa preta em construção, desde que sejam mantidos os princípios da sabedoria, da resiliência e da humildade. Conquista-se esta graduação a partir dos 16 anos, após dois anos de faixa azul.

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sábado, 13 de março de 2021

A faixa tem significados que vão além de simplesmente amarrar o uniforme.

Azul: 
E a cor do céu e para onde todos os seres em desenvolvimento crescem, mesmo que jamais o alcancem. É a paz, a segurança e a certeza de que o caminho está correto e deve ser seguido com sabedoria e humildade. Pode significar o nível de maior exigência entre todas as graduações, por isso há muitas desistências, desta forma, exige-se do aluno a resiliência. Conquista-se esta graduação a partir dos 16 anos, após um ano e meio a dois anos de faixa verde ou branca.


 

sexta-feira, 5 de março de 2021


A faixa tem significados que vão além do simplesmente amarrar o uniforme.

Verde: 
Cor da esperança e da tranquilidade, o aluno é comparado a uma semente que deve ser cuidada. É a natureza em plena expansão. Neste nível está entendido que o aluno tem domínio dos movimentos básicos do jiu-jitsu e que está pronto para o estudo de táticas necessárias para a sobrevivência na sua selva interior. Conquista-se esta graduação entre os 13 e os 15 anos de idade.

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A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.

Laranja: 
É a luz do sol mais forte depois de passadas as primeiras horas do amanhecer. O aluno deve entender que será cada vez mais exigido, como o sol que causa maior sensação de calor com o decorrer do dia. Conquista-se esta graduação entre os 10 e os 15 anos de idade.

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A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.

Amarela: 
simboliza a luz do sol, um renascer diário, tal qual o amanhecer. Demonstra habilidades acima da faixa branca e da cinza. Conquista-se esta graduação entre os 07 e os 15 anos de idade.


 

A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.

Cinza: 
os primeiros passos já foram dados e a faixa já começa a “encardir”, tal qual a “lenda do aluno iniciante”. É um pequeno passo para o recém-chegado, mas um grande passo para a sua evolução. Conquista-se esta graduação entre os 04 e os 15 anos de idade.

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A faixa tem significados que vão além do de simplesmente amarrar o uniforme.

BRANCA:
Esta é a cor que reflete todas as cores e significa que existe a pureza e a inocência do aluno diante do desconhecido e que ele deve manter a mente limpa para absorver os novos aprendizados e a paz interior para enfrentar os desafios vindouros, que não são poucos. A única certeza para esta faixa é que ela está longe de significar “partir do zero”, pois o passo número um foi dado quando o aluno iniciante se dispõe a entrar no tatame e se dedicar ao jiu-jitsu. É a primeira faixa para iniciantes de qualquer idade.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

11 BENEFÍCIOS DO JIU JITSU INFANTIL PARA O SEU FILHO

  

1. UMA ÓTIMA ESTRATÉGIA ANTI BULLYING

    Em minha época de escola presenciar agressões e humilhações de colegas era algo bastante comum. Segundo o terceiro volume do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, um em cada 10 estudantes são vítimas frequentes de bullying*. Em evidência atualmente, este tipo de comportamento interfere no desenvolvimento do jovem.

A arte suave é uma ótima forma de aprender técnicas para a vida real. O Jiu Jitsu infantil ensina para os pequenos praticantes a defenderem-se em situações difíceis. Assim como ensinado pela família Gracie, o princípio da arte suave é que o menor e mais fraco consiga se defender de oponentes maiores. Sempre com a mentalidade de que o primeira escolha é evitar o conflito, é melhor saber e não precisar do que precisar e não saber.

Ao praticar o Jiu Jitsu infantil o praticante estará preparado para não ser mais um alvo. Com uma mudança de postura o jovem começa a se sentir mais seguro e consegue conversar com o agressor. O respeito aprendido no tatame faz com que a criança conviva com as diferenças, sem ver prazer em agredir ou humilhar outro ser humano. Além disso, o seu senso de justiça o fará nunca assistir sem se manifestar a uma covardia.

2. JIU JITSU INFANTIL OFERECE EXEMPLOS

    Um conceito bastante difundido na sociedade é que somos influenciados pelo meio onde vivemos. Como nossos pais e avós diziam “Diga-me com quem andas e lhe direi quem és”. No mundo dos negócios existe uma afirmação de um brilhantes escritor e palestrante que é a seguinte “Nós somos a média das cinco pessoas que mais passamos o tempo.    Todas essas informações trazer a importância de boas influências em nossa vida. De uma forma ou de outra, as influências estão presentes em nossa vida, mesmo sem percebermos. E isso não tem problema nenhum. O ponto aqui é o seguinte: O que você quer para a vida de seu filho e com quem você quer que ele ande?

Com a prática do Jiu Jitsu infantil, a criança aprenderá todo um estilo de vida. Ser um “Jiujiteiro” vai muito além do kimono ou orelhas de couve flor. Um bom caráter e personalidade serão determinantes para a sua forma de olhar a vida. Cercá-lo de bons exemplos de saúde, ética e respeito fará uma enorme diferença na sua formação. Como uma bússola, o professor serve de guia para uma alimentação saudável, disciplina e superação de desafios.

 

3. SAÚDE DE FERRO

    Colocar atividade física na vida do seu filho é fundamental para mantê-lo saudável e longe da obesidade. Decorrente principalmente do sedentarismo, este problema está cada vez mais presente na vida dos pais. Em um mundo onde os videogames e tablets são um dos passatempos preferidos das crianças, fazer eles se movimentarem pode ser um desafio.    Uma ação preventiva contra as doenças da vida adulta, um metabolismo acelerado ajuda também na escola. Com um maior poder de concentração o aprendizado e desempenho dentro da sala de aula também evoluem. Praticar o Jiu Jitsu infantil é uma alternativa divertida para manter o jovem com uma vida mais saudável.

#DicaDoMestre: Não esqueça da alimentação Para que o seu filho leve uma vida saudável ensine a ele sobre nutrição. Saber o que comer para seu corpo funcionar bem é um conhecimento necessário para a vida.

4. UMA VIDA EQUILIBRADA

    Assim como o triângulo na arte suave, o fundamento do mestre deve ser estável. Representando que independente do lado que cair, o Triângulo Gracie sempre tem uma base sólida. Os três lados representam a mente, o corpo e o espírito – as três valencias a serem dominadas no Jiu Jitsu.

O triângulo, um dos símbolos da arte suave, representa o equilíbrio. O Jiu Jitsu infantil é conhecido por ensinar equilíbrio e boa coordenação motora. Uma ótima forma de aprendizado é buscar fazer as técnicas que o professor ensinou e aplicar durante o treino. Assim, as crianças aprendem a importância de prestar atenção a sua volta.

É perceptível a diferença em crianças que praticam a arte suave por um tempo. Uma melhor postura e habilidades motoras desenvolvidas ajudam para que a pessoa se torne mais flexível e em sintonia com o seu corpo. Isso gera uma vida com menos lesões e um corpo mais saudável.



5. O JIU JITSU INFANTIL DEIXA MAIS INTELIGENTE

    Segundo uma pesquisa realizada na UNICAMP na Faculdade de Educação Física, o exercício físico aumenta o resultado em testes de raciocínio lógico. Mesmo aplicado em um esporte diferente, os benefícios do esporte para o cérebro são reais. Aumentando a capacidade de raciocinar do seu filho, ele colherá benefícios como um melhor desempenho na sala de aula.    Estas são algumas das coisas que adquirimos dentro do tatame e colhemos os frutos fora dele. Através do Jiu Jitsu infantil a criança desenvolve muito mais do que apenas a parte física. Como um xadrez humano, a arte suave te desafia a cada dia de treino a ser um ser humano melhor.

6. PARA QUE ELE CONFIE NO SEU POTENCIAL

    Se sentir no controle é algo muito importante para uma vida feliz. Com um sistema de graduação bem definido, ao passar por essa jornada a autoconfiança vai sendo construída automaticamente. A criança ganhará um sentimento de auto-realização ao aprender novas técnicas e sair da faixa branca que levará para a sua vida.    Com o Jiu Jitsu infantil o seu filho conquistará com o tempo a confiança para resolver seus problemas. Dessa forma, com o surgimento de oportunidades em sua caminhada ele terá força para enfrentar os desafios. Sabemos que na vida devemos persistir em busca dos nossos sonhos e para esta tarefa a arte suave é um ótimo aliado.

7. RESPEITAR A TODOS

    Assim como muitas artes marciais o Jiu Jitsu infantil exige respeito. Pedir licença ao entrar no tatame, seguir as instruções do professor e aprender sobre hierarquia farão a criança ter uma ótica diferente fora do tatame. Além de a possibilidade de formar um possível grande atleta, ao matricular seu filho na arte suave com certeza você estará formando um grande ser humano.

Esse respeito aprendido dentro da academia fará com que ele tenha sucesso fora dela. Na escola e em casa o comportamento ao se tornar praticante desta arte marcial muda. Tratando os outros como gostaria de ser tratado, esse jovem será uma influência positiva aonde estiver. O esporte funciona como um uma força que faz o jovem ser mais respeitoso com seus pais, professores e amigos.



#DicaDoMestre: Visite a academia! Conhecer o ambiente de treino antes de matricular seu filho é muito importante. Um tatame limpo e uma turma de Jiu Jitsu infantil são diferenciais que farão diferença na adaptação da criança no esporte.


8. DISCIPLINA NO JIU JITSU INFANTIL

    Estimular o foco mental é muito importante para a criança. Em um mundo com cada vez mais crianças hiperativas, saber se concentrar virou uma grande habilidade. Por ter que aprender as técnicas olhando as instruções do professor, o aluno deve estar muito atento a todos os ajustes para que a posição funcione.    Além da parte da observação a prática também conta muito. Cobrar não só o desempenho no tatame, mas também em casa e na escola é um dos benefícios do Jiu Jitsu infantil. Um jovem mais disciplinado terá chance de aprender a arte suave de forma cada vez mais efetiva.

9. SE CONHECER MELHOR

    Para saber onde queremos chegar é muito importante saber onde estamos. Se conhecer é uma grande dificuldade, principalmente a imensidão de coisas que nos fazem buscar soluções fora. Acreditamos muitas vezes que com um carro novo, uma casa maior ou mais dinheiro seremos felizes.    Saber quais as nossas qualidades, do que gostamos e como funciona o nosso corpo fará a diferença de escolher os nossos objetivos. O Jiu Jitsu infantil faz com que, para ser bem sucedido dentro do tatame, você precise se entender. Aprender a “se resolver” vai ser um ótimo motivo para quem quer matricular seus filhos na arte suave.

10. TRABALHO EM EQUIPE E CRIE NOVOS AMIGOS

    É impossível fazer Jiu Jitsu infantil e não se socializar. Um fator importante para que a criança cresça saudável, muitas grandes amizades surgem dentro do tatame. Os momentos de “briga” e aprendizado criam laços ainda mais fortes. Uma das coisas que mais me chama atenção neste esporte é justamente a sua força para desenvolver qualidades como a cooperação, parceria e amizade. Ajudar o parceiro de treino a ser melhor é um objetivo que ganhamos logo ao colocar o kimono de Jiu Jitsu.

Uma das tarefas do professor é encorajar as crianças a ajudar e motivar uns aos outros. Se tornar melhores como um grupo em tudo o que eles fazem vai ensiná-los a “levantar” os amiguinhos. É muito importante para a criança entender e colocar em prática um ambiente social positivo com a sua equipe.



11. O JIU JITSU INFANTIL É DIVERSÃO

    Ainda sim, o maior benefício do Jiu Jitsu infantil é a alegria ao treinar. Apaixonados pelo esporte, os baixinhos ficam cada vez mais encantados com as possibilidades da arte suave. Este é um esporte que exige muito força física e mental, por isso as suas recompensas pelo trabalho duro fazem tudo valer a pena.    Independente de como foi meu dia, acredito que a hora do treino é um dos momentos mais felizes. Colocar o kimono e rever meus amigos faz com que o dia feche com chave de ouro. Se divertir para mim com certeza é um sentimento que aparece muito a cada vez que piso no tatame.


 *Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

SISTEMA DE GRADUAÇÃO IBJJF

 


Faixas de praticantes entre 04 e 15 anos

Branca - Qualquer idade

Cinza e branca / Cinza / Cinza e preta - 4 a 15 anos

Amarela e branca / Amarela / Amarela e preta - 7 a 15 anos

Laranja e branca / Laranja / Laranja e preta - 10 a 15 anos

Verde e branca / Verde / Verde e preta - 13 a 15 anos 

Faixas de praticantes a partir dos 16 anos

Branca - Qualquer idade

Azul - 16 anos ou mais

Roxa - 16 anos ou mais

Marrom - 18 anos ou mais

Preta - 19 anos ou mais 

Vermelha e preta - 50 anos ou mais

Vermelha e branca - 57 anos ou mais

Vermelha - 67 anos ou mais


A graduação dos praticantes também obedece aos seguintes períodos mínimos de permanência em cada cor de faixa:

Praticantes entre 04 e 15 anos – não há período mínimo de permanência em cada faixa.


Praticantes de 16 e 17 anos

Branca – não há tempo mínimo

Azul – não há tempo mínimo

Roxa – 2 (dois) anos


Praticantes a partir dos 18 anos da faixa branca à faixa marrom

Branca – não há tempo mínimo

Azul – 2 (dois) anos

Roxa – 1 (um) ano e meio

Marrom – 1 (um) ano


Praticantes a partir da faixa preta*

Preta – 31 anos

Vermelha e preta – 7 anos

Vermelha e branca – 10 anos

Vermelha – indefinido


*Os períodos citados nesse tópico são fixos e não mínimos e determinam o tempo que cada praticante deverá permanecer em cada faixa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

BREVE HISTÓRICO DO JIU JITSU

  

O Jiu-Jitsu brasileiro ou, lá fora, o Brazilian Jiu-Jitsu ou BJJ (grafado também como jujitsu ou jujutsu) é uma arte marcial de raiz japonesa que se utiliza essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um oponente ao chão e dominá-lo. Literalmente, jū em japonês signfica “suavidade”, “brandura”, e jutsu, “arte”, “técnica”. Daí seu sinônimo literal, “arte suave”.

Sua origem secular, como sucede com quase todas as artes marciais ancestrais, não pode ser apontada com precisão. Estilos de luta parecidos foram verificados em diversos povos, da Índia à China, nos séculos III e VIII. O que se sabe é que seu ambiente de desenvolvimento e refinamento foram as escolas de samurais, a casta guerreira do Japão feudal.

A finalidade de sua criação se deu pelo fato de que, no campo de batalha ou durante qualquer enfrentamento, um samurai poderia acabar sem suas espadas ou lanças, necessitando, então, de um método de defesa sem armas. Como os golpes traumáticos não se mostravam suficientes nesse ambiente de luta, já que os samurais vestiam armaduras, as quedas e torções começaram a ganhar espaço pela sua eficiência. O Jiu-Jitsu, assim, nascia de sua contraposição ao kenjitsu e outras artes ditas rígidas, em que os combatentes portavam espadas ou outras armas.

 

A arte marcial ganhou novos rumos quando um célebre instrutor da escola japonesa Kodokan decidiu ganhar o mundo e provar a eficiência de seus estrangulamentos e chaves de braço contra oponentes de todos os tamanhos e estilos: Mitsuyo Maeda, um filho de lutador de sumô nascido no povoado de Funazawa, cidade de Hirosaki, Aomori, no Japão, em 18 de novembro de 1878, e falecido em Belém do Pará a 28 de novembro de 1941.

Eterno defensor das técnicas de defesa pessoal do Jiu-Jitsu, Maeda embarcou para os Estados Unidos em 1904, em companhia de outros professores da escola de Jigoro Kano. À época, graças aos laços políticos e econômicos entre Japão e EUA, as técnicas japonesas encontravam grandes e notórios admiradores em solo americano. Em 1903, por exemplo, o presidente Theodore Roosevelt tomara aulas com o japonês Yoshiaki Yamashita. Nos EUA, o ágil japonês começou a colecionar milhares de combates e adversários tombados pelo caminho, em países como a Inglaterra, Bélgica e Espanha, onde sua postura nobre fez nascer o apelido que o consagrou, Conde Koma. De volta à América, o lutador fez diversas apresentações e desafios em países como El Salvador, Costa Rica, Honduras, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Chile e Argentina. Em julho de 1914, o valente japonês de 1,64m e 68kg, segundo consta, desembarcaria no Brasil para fincar raízes e mudar a história do esporte.

Maeda colecionaria histórias saborosas em terras brasileiras. Após rodar pelo país, o faixa-preta de Jiu-Jitsu se estabeleceu em Belém do Pará. Certo dia, encarou o desafio de um capoeirista conhecido como “Pé de Bola”, de cerca de 1,90m e quase cem quilos. Maeda não se fez de rogado e ainda deixou o ousado rival portar uma faca na luta. O japonês desarmou-o, derrubou e finalizou o brasileiro. Conde Koma, como se tornou tradição entre os professores de Jiu-Jitsu, também lançava desafios para rivais famosos do boxe. Foi o que fez com o afamado boxeador americano Jack Johnson, que jamais aceitou a luta.

Foi Koma, ainda, que promoveu o primeiro campeonato de Jiu-Jitsu do país – na verdade, um festival de lutas e desafios para promover o esporte desconhecido.

Os pesquisadores Luiz Otávio Laydner e Fabio Quio Takao encontraram, na Gazeta de Notícias, de 11 de março de 1915, as regras do evento marcado para o teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, então capital do país. Koma anunciava as primeiras regras do nosso Jiu-Jitsu, um regulamento com dez leis simples:

1. Todo lutador deverá se apresentar decentemente, com as unhas das mãos e dos pés perfeitamente cortadas;

2. Deverá usar traje kimono, que o Conde Koma lhe facilitará;

3. Não é permitido morder, arranhar, pegar com a cabeça ou com o punho;

4. Quando se fizer uso do pé nunca se fará com a ponta e sim com a curva;

5. Não se considera vencido o que tenha as espáduas [costas] em terra ainda que tenha caído primeiro;

6. O que se considera vencido o demonstrará dando três palmadas sobre o acolchoado ou sobre o corpo do adversário;

7. O juiz considerará vencido o que por efeito da luta não se recorde que deve dar três palmadas;

8. As lutas se dividirão em rounds ou encontros de cinco minutos por dois de descanso. Tendo o juiz de campo que contar os minutos em voz alta para maior compreensão do público;

9. Se os lutadores caírem fora do tapete, sem que nenhum deles tenha avisado, o Sr. Juiz deve obrigá-los a colocar-se de novo no centro do acolchoado, em pé, frente a frente;

10. Substituirão em suas obrigações ao sr. Juiz os srs. Jurados. Nem a empresa nem o lutador que vencer é responsável pelo maior mal que possa sobrevir ao vencido, se por tenacidade não quiser dar o sinal convencionado para terminar a luta e declarar-se vencido.

* Ficam convidados os doutores em medicina, os representantes da imprensa local e os professores de física e esgrima que se encontrarem no recinto a tomar parte no júri.

 

Em 1917, um adolescente de nome Carlos Gracie (1902–1994) viu pela primeira vez, em Belém, uma apresentação do japonês que era capaz de dominar e finalizar os gigantes da região. Amigo de seu pai, Gastão Gracie, Maeda concordou em ensinar ao garoto irrequieto a arte de se defender. Em suas aulas, ensinava a Carlos e a outros brasileiros – como Luiz França, que mais tarde seria mestre de Oswaldo Fadda – os conceitos de sua arte: em pé ou no chão, a força do oponente deveria ser a arma para a vitória; para se aproximar do adversário, o uso de chutes baixos e cotoveladas deveriam ser os artifícios antes de levá-lo para o chão. Para evolução nos treinos, lançava mão do randori, o treino à vera com um companheiro.

 

Aluno fiel, Carlos Gracie abraçou de vez o Jiu-Jitsu e, para lamento da mãe que sonhava ver mais diplomatas na família célebre, passou a incutir nos irmãos o amor pela arte. Um de oito irmãos (Oswaldo, Gastão Jr., George, Helena, Helio, Mary e Ilka), Carlos abriu, em 1925, a primeira academia de Jiu-Jitsu da família Gracie. Nos jornais, o anúncio era uma obra-prima do marketing: “Se você quer ter um braço quebrado procure a academia Gracie”.

O grande mestre teria 21 filhos, sendo que 13 deles se tornariam faixas-pretas. Cada membro da família passou, então, a fortalecer a arte e a acrescentar mais um elo à corrente criada por grande mestre Carlos, fundador e guia do clã, além do primeiro membro da família a se lançar numa luta sem regras, a que chamou de “vale-tudo”. Foi em 1924, no Rio de Janeiro, quando Carlos Gracie enfrentou o estivador Samuel, conhecido atleta da capoeira.

Helio Gracie tornou-se, rapidamente, o destaque entre os irmãos, pelas inovações técnicas que promoveu como instrutor e pelo espírito indomável que não combinava com o porte franzino. Em consonância com as táticas de Conde Koma, os Gracie continuaram, no Rio de Janeiro, os desafios a capoeiristas, estivadores e valentões de todas as origens e tamanhos. Se em pé tais brutamontes botavam medo, no chão viravam presa fácil para os botes e estrangulamentos que os capturavam como mágica.

 

As vitórias da família em lutas sem regras foram se acumulando e virando lendas e manchetes nas primeiras páginas. Os alunos famosos também – artistas, arquitetos, ministros de estado, prefeitos, governadores, cirurgiões e doutores de todos os ofícios.

Além dos desafios, os campeonatos entre praticantes, com regras exclusivas do Jiu-Jitsu, se fortaleciam, abastecidos por dezenas de academias diferentes. Nos anos 1960, quando Carlson Gracie já pegara o bastão de seu tio Helio como linha de frente do clã no vale-tudo, um passo importante foi dado para a consolidação do Jiu-Jitsu esportivo. Em 1967, a Federação de Jiu-Jitsu da Guanabara, no Rio de Janeiro, foi criada, sob autorização da Confederação Nacional de Desportos do país. Entre as regras ainda primitivas, manobras como queda, montada de frente com dois joelhos no chão e pegada pelas costas rendiam um ponto ao competidor. A duração dos combates na categoria adulta era de cinco minutos, com prorrogação de três. O Jiu-Jitsu ganhava oficialmente tempo e pontuações.

O presidente da Federação era Helio Gracie, e o presidente do Conselho Consultivo era Carlos. Seu primogênito, Carlson, era o diretor do departamento técnico. O primeiro vice técnico era Oswaldo Fadda e o segundo, Orlando Barradas – ambos professores de Jiu-Jitsu. João Alberto Barreto, notável aluno dos Gracie, foi nomeado diretor do departamento de ensino, que tinha como vice-diretor um irmão de Carlson, Robson Gracie – todos hoje grandes mestres da arte.

Nos anos 1990, a arte teve um novo boom. Em duas frentes: criado por Rorion Gracie em 1993, o Ultimate Fighting Championship deu o pontapé inicial (no queixo) no esporte midiático conhecido hoje como MMA. A partir do ídolo Royce Gracie, e com o suor derramado por irmãos e primos aparentemente invencíveis como Rickson, Renzo, Ralph, Royler, Ryan, Carley e companhia, o Jiu-Jitsu como arma de defesa pessoal estava consagrado.

Em outra frente, Carlos Gracie Jr. seguiu a obra do pai na organização dos campeonatos e no fortalecimento da arte como esporte regulado. Estava criada, assim, em 1994, a Federação Internacional de Jiu-Jitsu, assim como a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, filiada ao Comitê Olímpico Brasileiro, que hoje promovem torneios para mais de 3 mil atletas de mais de 50 países, como o Campeonato Mundial, realizado anualmente desde 1996.

Um século depois de Conde Koma desembarcar no Brasil, nosso Jiu-Jitsu hoje pode ser praticado do Alasca à Mongólia, de Abu Dhabi ao Japão.

Quanto ao Jiu Jitsu como competição, as lutas ocorrerá em áreas de luta ( tatame ), deve ter no mínimo 64,00 m2 e no máximo 100 m2. Se a área total é de 64 m2, a área interna, onde a luta irá acontecer, deve ser de 36,00 m2. O restante é considerado área de Segurança, e deve ter cor diferente, no Jiu Jitsu usa-se a força e o peso do adversário contra ele, sendo permitido, inclusive, lançar o adversário em queda, a principal característica da modalidade são os golpes que buscam imobilizar e neutralizar o adversário, através de golpes de articulação, como estrangulamentos e torções das articulações, como braço, tornozelo, etc. É permitido o uso dessas técnicas de luta de chão, com ambos deitados, são proibidas atitudes como: atingir os órgãos genitais, morder, enfiar os dedos nos olhos, puxar cabelo, torcer dedos, etc.


Carlos simula golpe em Helio Gracie. Foto: José Medeiros/O Cruzeiro

Conde Koma e trupe em Cuba, em 1912. Foto: Acervo Fabio Quio

O Jiu-Jitsu em jornal brasileiro de 1906.